10 de novembro de 2016

Efemérides não oficiais: A Revolta dos Braúlios (década de 1990)




1995 – O Ministério da Saúde, então sob o comando do médico Adib Jatene, estava preocupado com o aumento dos casos de aids entre homens na faixa de 20 a 40 anos com baixa escolaridade e renda, e encomendou uma campanha publicitária que atingisse esse público.

A agência Master montou peças que reproduziam um diálogo entre um personagem e seu pênis, ou melhor, seu ‘bráulio’, apelido escolhido para o membro masculino.

Como não queriam usar nomes como pipi (muito infantil) ou pinto (este era impensável). Também não usariam nada que rimasse com carvalho. Amigo, amiguinho, benga, jeba, bingulim, nada disso. Fizeram uma pesquisa em várias capitais e Bráulio foi o mais votado, ganhando de Zequinha, Bimbo e Godofredo.


Essa propaganda acabou sendo um divisor de águas na propaganda oficial do Brasil, mas causou tanta polêmica que não ficou muito tempo no ar. Ainda assim, marcou para sempre muitos Bráulios que se indignaram com o uso do nome próprio. Chegaram a sugerir que se mudasse o nome do órgão na propaganda para Jatene. Em 2001, um Bráulio entrou na justiça pedindo indenização por dano moral, mas a juíza do caso negou o pedido.

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