12 de setembro de 2017

10 de fevereiro de 2017

Redação para Web

Longe de mim querer passar aqui por autoridade no assunto, mas dou lá meu pitacos na matéria. Tutorial, técnicas de redação? Negativo. Apenas algumas dicas, algumas observações que podem ajudar na hora de preparar aquele texto para um site. Seja um artigo ou uma redação promocional, os caminhos servirão a ambos.

Eu ainda uso muito caneta e papel, então, quando eu falar sobre a dupla, entenda de modo figurado ou literal, tanto faz. Trabalho com prancheta, folhas soltas, bloquinhos de anotações e caderno, tudo espalhado na mesa formando um redemoinho em volta do teclado. Confesso que o mouse atrapalha um pouco, mas tenho sido tolerante com ele. Sigamos.



Preparando seu site:

  • Cuidados técnicos. Servidor eficaz, layout limpo, menus bem organizados, facilidade para contato e boa navegação pelo site.
  • Definição. Quem são seus clientes ou leitores? A quem você vai se dirigir?
  • Não pense nas pessoas como uma massa compacta. Procure visualizar um cliente, coloque-se no lugar dele e comece preparando assim sua redação. Venda a essa pessoa seu peixe.
  • Evite frases ou textos padronizados, as pessoas identificam facilmente essas situações e não costumam ser muito tolerantes com isso. Seja original e criativo.
  • Fale com o leitor. Use “você”.
  • Mostre o quanto ele é, individualmente, importante.
Identifique as principais características do seu produto ou atendimento. Anote tudo no papel, selecione os diferenciais e faça destaque deles.

Seja direto, conciso, claro e convincente. Dê as informações que as pessoas precisam, mas no tempo e no tamanho certo. Muita informação junta acaba cansando. Mas pouca informação pode causar desconfiança.

Ponha pontas de emoção na sua apresentação, descreva com entusiasmo as vantagens que ele tem/está tendo/terá.

Imagine seu site como uma loja física - a página é sua vitrine. A função da vitrine é a de seduzir, fisgar o cliente (usuário). Ela deve ter uma exposição atraente, agradável, destacando o produto que levou a pessoa até aquela página e mostrando de forma fácil e tranquila as informações relevantes para que, a partir dali, o cliente “entre” em sua loja. Faça com que ele se veja usando seu produto ou serviço.

Os textos não devem ter parágrafos longos. Primeiro, porque ao visualizar um parágrafo longo geralmente a sensação que se tem é de desânimo. Segundo, porque mesmo que não se perceba de imediato, fixar os olhos na mesma tela por um tempo prolongado é cansativo. Logo desviamos o olhar para outro ponto até para descansar a visão.

Colocar frases de chamada intercaladas aos parágrafos também é válido. Ajuda a manter a expectativa para os próximos dizeres e dá uma “quebrada” numa possível sequencia cansativa.

Usar enumeração de itens ou tópicos. Quando há um bom número de informações sobre determinado produto ou serviço, a visualização em tópicos fica bem mais agradável e chamativa. Dá uma impressão de objetividade, de clareza.

No caso do uso de tópicos, coloque sempre o item mais importante em primeiro lugar. A leitura de algo interessante logo no início estimula a curiosidade para os próximos itens. E também, caso a pessoa não leia todos os tópicos, ela já leu o item principal, então estamos garantidos.
Exemplo:

  • Capriche na redação e revise o texto depois de pronto. Erros ortográficos e gramaticais são inadmissíveis.
  • Mesmo que o texto seja técnico, use termos do dia a dia para envolver a leitura.
  • Dê destaque ao diferencial do seu produto/serviço. Se o seu negócio é uma assistência técnica e é a única no pedaço, então é uma questão de exposição. Se há outras, coloque em evidência aquilo que é diferente, seja no atendimento, localização, marcas trabalhadas, etc.
Escrever para web não é algo que se limita a criar textos apenas. É um conjunto de técnicas que exige uma boa noção de layout, conhecimento de mídias, programação, estratégias SEM e SEO. Tudo junto e combinado.

@Ednucci

Nota: esse texto foi escrito em 2010 para o site webmaster.pt  . De lá pra cá, apesar de todo avanço tecnológico, novas plataformas, redes sociais e popularização do smartphone, as dicas continuam atuais.

10 de novembro de 2016

Efemérides não oficiais: A Revolta dos Braúlios (década de 1990)




1995 – O Ministério da Saúde, então sob o comando do médico Adib Jatene, estava preocupado com o aumento dos casos de aids entre homens na faixa de 20 a 40 anos com baixa escolaridade e renda, e encomendou uma campanha publicitária que atingisse esse público.

A agência Master montou peças que reproduziam um diálogo entre um personagem e seu pênis, ou melhor, seu ‘bráulio’, apelido escolhido para o membro masculino.

Como não queriam usar nomes como pipi (muito infantil) ou pinto (este era impensável). Também não usariam nada que rimasse com carvalho. Amigo, amiguinho, benga, jeba, bingulim, nada disso. Fizeram uma pesquisa em várias capitais e Bráulio foi o mais votado, ganhando de Zequinha, Bimbo e Godofredo.


Essa propaganda acabou sendo um divisor de águas na propaganda oficial do Brasil, mas causou tanta polêmica que não ficou muito tempo no ar. Ainda assim, marcou para sempre muitos Bráulios que se indignaram com o uso do nome próprio. Chegaram a sugerir que se mudasse o nome do órgão na propaganda para Jatene. Em 2001, um Bráulio entrou na justiça pedindo indenização por dano moral, mas a juíza do caso negou o pedido.

Porque, Por que, Porquê e Por Quê